segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Susto



As ondas batendo nas pedras, o vento chacoalhando os galhos das arvores, o sol morno e a areia quentinha... Era o cenário perfeito para está ao lado de alguém que nós amamos.
Luma e Rodolfo estavam lá, sentados na areia da praia lado a lado, abrindo o presente. A caixinha exibia um embrulho branco com um laço vermelho, delicadamente colocado sobre a decoração. Cuidadosamente Luma puxa o laço vermelho para soltar o nó que amarrava a caixa. Ela rasgou o papel do presente e tirou a tampa da caixa, revelando, então, uma coroa enfeitada com conchas do mar, búzios e uma pérola linda. Luma se encantou com o simples presente.
- Como é mesmo seu nome?
- Luma.
-Luma, é mesmo. Você sabia qual o significado do seu nome?
-Existe significado pra nomes? – perguntou Luma curiosa.
-Existe, sim. E o significado do seu nome Luma, é Deusa da Lua – disse ele tirando lentamente a coroa das suas mãos e colocando na cabeça dela, coroando-a.
                Luma olha surpresa nos olhos de Rodolfo e vê o mesmo brilho da lua em seu olhar. Ela se encantou por aquelas palavras. Luma e Rodolfo passaram um bom tempo se encarando, olhando um os olhos do outro, até vir um secretário da nova escola e lembrar o professor que o recreio está para acabar.
- Estou indo – lhe responde Rodolfo.
-Recreio? O que é recreio?  
-Vamos dizer intervalo que soa mais bonito. Intervalo ou recreio, como queira chamar é uma pequena pausa nos estudos para os alunos se divertirem no parquinho, ou se alimentarem na cantina. Você viu a cantina e o parquinho que a gente fez para os alunos?
-Não.
-É porque está lá nos fundos, deve ser por isso que você não viu.
                No decorrer dos dias, Rodolfo se aprofundou mais nos conteúdos e ele viu que Luma tinha certas dificuldades em matemática, apesar dos números serem baixos na hora da explicação.
- e ai? Entendeu tudo direitinho? – pergunta Rodolfo em uma das aulas no final da semana.
-Não muita coisa.
                Em uma dessas noites de lua cheia que venta muito e faz frio na beira da praia Luma recebeu uma visita inesperada em sua casa.
-Professor?! – exclama ela atônita.
-Hoje não precisa mais me chamar de professor, apenas Rodolfo. Eu não estava fazendo nada, esta ilha é muito calma, meu perfil é outro. Ai eu lembrei que você estava com dificuldades, então vim aqui lhe ajudar.
-Mas, como foi que você encontrou minha casa?
- Bem, a Ilha de Maritatacas não é tão enorme assim, bastou perguntar a uma velhinha que perambulava por essas ruas tortas e ela me apontou o caminho.
                Luma arregalou os olhos, colocou a cabeça para fora de casa e viu que a rua estava vazia. Nunca tem ninguém nessas horas da noite. Luma só se lembrou do... A vista dela estava ficando meio ruim, Rodolfo estava se embaraçando aos olhos dela, e sua cabeça já não estava muito bem. Luma caiu, desmaiou.
Minutos depois Luma se acorda, mal vendo seu pai sobre ela, super preocupado – Luma era órfã da mãe e tinha apenas seu pai, Seu Gudolfredo mais conhecido como Guida. Guida era um pescador local e muito diferente dos outros homens da ilha, ele não era ignorante e machista – e viu lá perto da porta Rodolfo que também estava preocupado e sem entender nada, com um copo de água na mão.

William Coelho
-Amanhã a última parte.

Um comentário:

  1. Ficando com medo dessa história aii. ;P
    Esse professor querendo ajudar uma aluna. Isso vai acabar em desemprego. kk
    Beijos,e ansioso pela última parte ;D

    satierff.blogspot.com

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