segunda-feira, 4 de julho de 2011

Parte II – A toca da raposa.


                Após o enterro da minha mãe, voltei para casa. A tristeza era grande e forte demais. Eu precisava me distrair, sabia disso. Mas, primeiramente, achei melhor tomar um banho. Subi ao meu quarto e me dirigi para o banheiro. Durante o determinado tempo que passei debaixo d’água, Samantha não saíra da minha mente.
                Quando terminei, saí do banheiro e avistei minha cama. Era de casal, porém só eu dormia nela. Caí de costas sobre o móvel. Já deitado, olhei para o lado, para o criado-mudo que ficava a esquerda da cama. Aquilo estava lá, onde deixei antes de sair. O colar de Samantha. Isso me lembrou de onde ela estava hospedada. Hotel Santorini, quarto 203.
                A tentação começava a me dominar. Samantha, com sua beleza estonteante e hipnotizante, poderia ser a minha distração. Claro que eu pensava em coisas fortes, mas olhar para ela me confortaria.
                Tão linda. Tão linda...
                A decisão foi tomada. Eu tinha que ir visitá-la! Já tinha o motivo e sabia pra onde ir. Do que mais eu precisava? Apenas melhorar minha aparência. Vesti uma calça jeans azul e de marca, uma camisa social branca, um blazer preto e meus sapatos de couro. Além de passar o meu melhor perfume e colocar meu relógio de ouro.
                Eu tinha uma boa condição de vida. Sempre tive tudo o que quis. Dinheiro não era problema. Mas, enfim, estava na hora de partir...
                Peguei meu carro e saí.
                Quando cheguei, estacionei o carro e entrei no hotel. Pedi à recepcionista que me anunciasse. Samantha permitiu que eu subisse. Uma sensação de liderança tomou meu corpo. Parecia que, a partir dali, eu iria assumir o controle.
                Cheguei ao quarto 203. Fiquei em frente à porta. Naquele momento, me deu uma ânsia, certo medo. Porém nada mais podia ser feito, pois eu já havia sido anunciado. Samantha já sabia que eu estava chegando. Eu bati na porta.
                Ela não demorou a atender.
                A visão era deslumbrante. Samantha estava com um pequeno vestido de seda branco. Seu decote era explicito. Ela parecia bem à vontade.
                “Olá, Samuel. Posso ajudar você?” Ela perguntou. Seu tom era sensual. “Ah... Eu vim devolver isto.” Tirei o colar do bolso do meu blazer e o exibi em minha mão direita, “Você deve ter esquecido na minha casa. Vim devolvê-lo. Cheguei em uma hora ruim?” Respondi.
                “Não. Claro que não!” Ela soltou uma leve gargalhada, “Por que não entra?” O convite foi feito. “Não gostaria de incomodar...” Estava sendo modesto.
                “Não! Você nunca me incomodaria! Vamos lá, venha.” Sua sensualidade aumentara. Eu estava cedendo à tentação. “Tudo bem. Aceito seu convite.” Eu disse.
                Naquele momento, acabava de entrar na toca daquela raposa feroz. A sorte estava lançada.
               
Por: Gabriel Phelipe Dantas.
                - Em breve a 3ª parte.

4 comentários:

  1. Muito bom, anciosa pela 3° parte ! Beijinhos :*

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  2. Muito bom, mas tenha cuidado agora, a parte mais fácil já foi, cuidado para não estragar a história.

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  4. As ideias são suas e por sinal, são maravilhosas...Caro jovem escritor, o seu projeto de vida é simplesmente brilhante...Amei.

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