quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Carta a Solidão


Solidão,
A palavra que tem mais amigos:
A tristeza, a dor, a depressão, agonia...
A solidão é cair num penhasco profundo
É sonhar com harmonia
E ser feliz neste belíssimo mundo
Com amigos que terei um dia.


William Coelho

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Carta às Guerra Inversas


A Guerra é uma das coisas mais ridículas que existem.
Há quem seja a favor dela, mas a maioria das pessoas a odeiam.
Porém, existe uma guerra que, pelo menos eu, considero belíssima e divina :
A briga entre o dia e a noite, entre o sol e a lua, as nuvens e as estrelas.
Quando a escuridão monstruosa invade a luz, ou quando a claridade puxa a noite com suas garras doces ...

Que os astros celestes me perdoem por compará-los à tamanha tolice que é a guerra,
Mas é que esses acontecimentos são inversamente proporcionais.
Em minha mente, um é a prova de que um brilhante artista projetou perfeitamente o universo;
Já o outro é a prova de que o ser humano consegue ser estúpido o suficiente para destruí-lo.
E destruir a si mesmo.

Bianca Felipe

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Carta às Orações

 
Deus,
Dá-me amor, saúde e paz
Porque eu não sou capaz
De viver nesse mundo
Que não posso sorrir mais.

William Coelho

domingo, 4 de dezembro de 2011

Medo de chamar de amor


E quando eu lhe chamo de gorda eu sou ironico
e quando eu digo que te odeio eu minto
e quando me perguntam se eu ainda gosto de você...
foi a mentira mais bem treinada pra dizer que não em toda minha vida.

                  William Coelho

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O medo da perda


               
                As folhas do pé de castanhola batiam na janela no ritmo da brisa. O silêncio sereno da casa do pescador se cessa com o grito de Luma após a consciência. 
-Ele viu a velha! – conclama Luma apontando pra Rodolfo.
-Que velha? A dos boatos? – Pergunta Seu Guida.
                Luma confirma com a cabeça e faz aparência de assustada. A tal velhinha era um espectro. Uma alma que estava dando medo nos pescadores da Ilha de Maritatacas que pescavam a noite para dar sustento a suas famílias. Ela ficou conhecida como Chica das Aparições, porque ela aparecia sem mais nem menos, do nada e desaparecia do mesmo jeito que aparecia. Segundo os pescadores, Chica tinha um aspecto mais formal e discreto, ela era muito branca, dos olhos claros...
-Mas, você bem, Luminha?
-Estou papai, estou. Rodolfo eu acho que... Vamos estudar mais não, depois disso, perdi a vontade.
                Rodolfo acena e Luma se levanta meio que nocauteada e acompanha Rodolfo até a porta da frente. Ela o seguiu até o pequeno jardim da sua casa, que era notória a presença do pé de castanhola, enorme, e as folhas eram de um verde misturado com vermelho. Eles ficaram frente a frente para se despedir um do outro.
-Que susto você nos deu, a seu pai e a mim também.
-Foi mau – Ela ri – de medo dessas almas – houve um bom tempo em silencio - Então é isso, Tchau.
                Rodolfo olha pro céu estrelado, observa a lua... Estava fazendo frio e um vento mais forte aparece. Luma se encolhe e leva as mãos aos ombros.
-Nossa você deve estar com frio – ele coloca sua jaqueta sobre ela.
O rosto dele se aproxima, a boca dele fica um centímetro da boca dela, o coração de Luma acelera e o dele também. Ele a beija. A Ilha pra eles não está mais fria, mas sim, aconchegante com a união dos dois corpos. O beijo fez com que o mundo deles se juntasse e formassem um só. Quando o beijo se cessa ele pega na mão de Luma e a leva pra beira da praia. Saíram correndo como se aquele fosse o último dia de suas vidas. Rodolfo convida-a a entrar na água. Ela aceita e eles vão.
Deixaram os trajes numa pedra próxima a margem. Luma olha o céu e a lua estava escondida sobre as nuvens nubladas. Havia uma tempestade próxima a vir. Ela achou que alguns minutos na praia não faria mal e entrou na água, na qual Rodolfo a esperava. Minutos se passaram e quando deram por sinal, eles já estavam nus. Era, literalmente, uma noite prazerosa. As ondas estavam severas e Rodolfo notou as gotas de chuva. Já era tarde demais. Para o desespero de Luma, ao tentar sair, a correnteza levou Rodolfo. Ela ficou sem rumo, desnorteada. Não sabia o que fazer. Agoniada, ela se senta sobre a pedra que tinham deixados as coisas e chora. Chora lágrimas de desespero.
Ela sente um vento mais frio e perto do seu ouvido uma voz dizia: “Rodolfo, meu filho, ele vai voltar pra você”. Era Chica das Aparições. Uma fica perplexa ao notar a mão branca, quase transparente pousar em seu braço. Ao olhar pro lado, viu Chica sumir como uma miragem cessante. Em prantos, Luma olha em direção ao mar e vê Rodolfo surgir das águas vorazes. Não sabia se era sentimento de ódio, de alívio, mas ela saiu correndo rumo a ele e esbofeteou se peitos nus e chorou.
-Porque não me disse que Chica era sua mãe!?
-. E o nome dela é Mazé. Eu vim pra cá Luma, porque antes dela morrer ela disse que ia estar nessa Ilha, acabei encontrando você e me apaixonei. Ajude-me a fazer com que as ondas do mar levem-na em paz para o descanso eterno, Rainha da lua? 
-“Que sua alma descanse em paz e que as ondas do mar lhe dêem o sossego eterno”. – conclamou Luma com ironia.
-Eu te amo minha deusa. Pretende que você seja minha rainha também. Quer namorar comigo?
-Eu desejo, eu aceito e eu também te amo meu súdito.
Ela viu o brilho da lua novamente nos olhos de Rodolfo e sentiu dona daquele olhar, daquele homem...  

William Coelho

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Minha Utopia


Foi com um paraíso perfeito que eu sonhei
Foi com uma vida feliz que me iludi
Foi com um sorriso de uma pessoa amada
Que notaram que o meu não é verdadeiro.
Fiquei triste, chorei e minha alma limpei.
E desde então,
Estive
No paraíso, feliz
Com uma pessoa amada,
Depois que morri.


William Coelho